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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BOLHINHA NA GENGIVA: O QUE É?

"Doutora, tem uma bolhinha na gengiva do meu filho, ela aparece, permanece por um tempo, solta pus e depois some. Por que acontece isso? O que pode ser?"
É claro que o diagnóstico certinho da tal bolhinha só é possível consultando o Odontopediatra, mas pelas características eu imagino o que seja...
Essa bolinha ou bolha que aparece e some na gengiva de seu filho chama-se fístula. É uma forma que o organismo da criança encontrou para expulsar o pus proveniente de uma infecção, seja ela do dente (mais comum nas crianças), seja ela da gengiva. Não tendo por onde sair, esse pus cria um "caminho" por dentro do osso e a saída na gengiva é a fístula.
Essa infecção nas crianças normalmente ocorre por uma cárie muito profunda que atinge o canal do dente, ou ainda por um trauma (pancada) que provoque a necrose da polpa do dentinho (a morte do nervo do dente). Raramente, em crianças, essa infecção ocorre por problemas gengivais, já que nos pequenos a formação de cálculo (tártaro)é menos frequente.
O fato é que, se a causa da infecção não for removida, essa bolhinha vai e volta, podendo provocar inchaço na face, muita dor e até mesmo febre.
E qual é o tratamento? Bom, se o problema for do dente (o que ocorre na maioria dos casos) o procedimento consiste em tratar o canal. Assim as bactérias que estão causando a infecção são removidas e a tal bolhinha vai desaparecer pra nunca mais voltar. Normalmente é necessário o uso de antibióticos. Eles serão prescritos pelo Odontopediatra.

"Ah doutora, mas meu filho não reclama de dor, não incomoda nada! Não dá pra deixar assim mesmo? Ele é tão pequeno... tem que tratar?"

Tem sim!! Toda infecção no organismo da criança requer cuidados, sob a pena de perder o dentinho precocemente ou de acontecer coisa pior, como prejudicar o dente permanente que está em formação e em contato com essa infecção. Ou ainda, afetar a saúde geral da criança.
Por isso fica então a dica: NUNCA SUBESTIME UMA INFECÇÃO.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Condicionamento psicológico

Na maioria das vezes, os pequenos chegam ao consultório com total aversão ao tratamento odontológico e até mesmo ao próprio ambiente. É então nestes casos  que o Odontopediatra precisa utilizar como recurso o CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO para criar condições para que a criança rompa esse bloqueio e aceite o tratamento necessário.
O condicionamento psicológico é uma técnica que requer tempo e conhecimento. Acreditem, o Odontopediatra não está ali para fazê-los (papais e mamães) perder tempo e, muito menos dinheiro. Esse condicionamento de início, trata-se de uma consulta de "brincadeirinha", onde o profissional brinca, conta histórias, apresenta todo o equipamento odontológico e ambiente de forma lúdica ao pequeno paciente.
Tudo isso é muito importante para ganhar a confiança do seu filho para que ele possa aceitar o tratamento e ainda cooperar com ele.
Gostaria, com esta matéria, de esclarecer aos papais e mamães que o condicionamento psicológico não é uma "enrolação", é realmente um período necessário de adaptação ao tratamento.
Lembrem-se, o Odontopediatra não está preocupado apenas com uma boquinha que está com problemas, mas sim com um ser que tem medo, que não entende o ambiente odontológico e que não quer nenhum estranho mexendo na sua boca.
 Portanto, tenham paciência e acreditem, o condicionamento não é perca de tempo! É sim uma garantia de êxito não só na saúde bucal, mas também psicológica dos pequenos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Por que meu filho tem tanta cárie e o coleguinha não?

Essa é uma pergunta muito comum no dia-a-dia do consultório. As vezes a mãe questiona até com relação ao irmão mais velho dizendo: "olha doutora, esse aqui não come doces...escova os dentes direitinho... e tem cárie! Já o mais velho é relaxado, come doces o dia inteiro e nada de cáries"!! O que acontece?

Acontece o seguinte: a cárie é uma doença multifatorial, isso significa que ela não tem uma causa única, mas é fruto de uma combinação de fatores. Pra ela acontecer precisamos de 4 elementos: o dente (oh!), bactérias, comida para as bactérias e ainda o tempo (porque a cárie não se forma de um dia para o outro).
A bactéria principal causadora da cárie é o Streptococcus Mutaes, que produz ácidos que em contato com dente por um longo tempo podem provocar a cárie. E estas bactérias se alimentam de tudo que comemos, por isso os alimentos (resíduos) por muito tempo na boca, alimentam essas bactérias que por sua vez vão produzir seus ácidos que desmineralizam, corroem os dentes dos pequenos, formando "buraquinhos" e a cárie está instalada.
Mas pra complicar mais um pouquinho não é só isso. Esses 4 fatores têm que estar presentes, mas ainda existe outro elemento que predispõe ou não à criança a ter cáries: a SALIVA. Existem salivas que são "melhores"(pH mais alcalino) e há salivas"piores"(pH mais ácidos). Ambientes ácidos favorecem a cárie com certeza.

Portanto, pensando em todas essas combinações, não resta dúvida: escove os dentes de seu filho direitinho e não conte com a sorte. A escovação é a única maneira de driblar todos esses fatores que causam a cárie.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CUIDADOS PARA NÃO CONTAMINAR A ESCOVA DE DENTES DE SEU FILHO.

Todos sabemos basicamente que a escova de dentes deve ser bem lavada e seca para ser guardada após o uso. Isso evita o acúmulo de bactérias nas cerdas úmidas, evitando assim a transmissão de doenças nos pequenos. Mas não é só isso!
Para que não ocorra a contaminação da escova de dentes das crianças, devemos ficar atentos a estas dicas:

- Nunca compartilhe a escova de dentes.
- Depois de escovar os dentes dos pequenos, lave a escova com bastante água, tanto as cerdas como a cabeça e o cabo. Guarde-a seca na posição vertical. Se outras escovas estiverem juntas, não deixe que uma entre em contato com a outra, use uma capinha protetora.
- Nada de soluções para ficarem imersas, nem aquelas receitinhas caseiras como colocar no microondas ou onde quer que seja.
- Não guarde as escovas em ambiente totalmente fechado.
- Mantenha o recipiente onde fica a escova pelo menos a um metro e meio de distância do vaso sanitário. Ah, e sempre dar descarga com a tampa abaixada.
- Substitua a escova de dentes das crianças após gripes ou infecções como estomatites.
- Troque a escova de dentes periodicamente a cada três meses.

Bom papais e mamães, seguindo estas orientações é possível manter a escova de dentes de seu filho sempre limpinha e livre de grandes contaminações!